MAR
Aonde eu chego tenho meu brilho
Gosto de aparecer
Ocultando meu verdadeiro ser
Sou um cara maneiro, gente boa
Mas só sirvo pra mulher à toa
Uma mulher direita não serve pra mim
Nasci canhoto
Ando errado
Nunca entro de frente
Quando entro no mar
Vou de lado
Diminui o impacto da onda
Mas a deusa do mar me acolhe
Tenho respeito a ela
Ela me admira
Ela me conhece
O mar esconde vários mistérios
Os meus mistérios estão no mar
Não sou muito confiável
Às vezes estou meio revolto
Quero todos pra mim
Se der mole
Dorme comigo
Dorme no mar
Morre na areia
O malandro
O bom nadador
Esses são as vitimas mais fáceis
Acham que sabem tudo
Cofiam no mar
Ledo engano
Eu entro de lado
Sigo conselhos de Iemanjá
Sou canhoto errado
Mas tenho meu momento de calmaria
Se me homenageiam
A mim jogam oferendas
Em mim podem navegar
Sem medo
Controlo minhas ondas
Seguro a onda na tempestade
Respeito o meu mar
Respeito minha deusa
Só precisa “oferendar”
Não me vendo barato
Gosto de produto caro
De valor
Seguro a onda
Protejo meu mar
Se “oferendar” errado
Querer navegar pagando barato
Sou mais de tirar onda
E tiro mesmo
Dou caldo
Pego pela cauda
Não tem embarcação certa
Faço piranha virar peixe de mar
Serei água de ressaca constante
Um maremoto pra quem não souber “oferendar”
Causo enjôo
Sou de dar nojo
Sou assim mesmo
Alguns sabem
Mas querem arriscar
E tem que arriscar certo
Porque sou nojento
Escroto mesmo
Tiro onda
Só respeito minha rainha do mar
Agora
Sereia querer bancar deusa comigo
Eu gosto de esculachar
Mostro-me o príncipe-boto
Escondo o meu tubarão
Finjo ser de rio
Que desce com águas diferentes
Sempre no mesmo ritmo
Com raras enchentes
Escondo meu mar
E quando a pororoca aparece
A sereia não sabe aonde nadar
Não volta pro rio
Não sai do meu mar
Sereia que banca deusa perde
Se perde no rio
Não encontra mar
Pipoca na pororoca
Não sai do lugar
Nas minhas águas não entra sereia
Posso deixar dar uma olhada
Mas só trabalho com deusa
Gosto de rainha
Não curto princesa
Princesa se acha rainha
Eu acho princesa um porre
Por isso eu não gosto de intermediário
Eu sou mar
Procuro a mulher na fonte
Não tem ilha certa
Não adianta esconder-se na ponte
Eu acho
O mar cresce a cada dia
Eu sou o mar crescente
Cresço com o mar
Agora, dependendo
Da sua oferenda
E de como você “oferendar”
O dia pode ser calmo ou revolto
Só não reclama se afogar a si
Não me culpe pelas ressacas
O tempo influencia nas atitudes do mar
Mas se “oferendar” direitinho
Nem o tempo vai revoltar
Minha água será sempre calma
Só tem um problema
Tem que ter coragem pra navegar
Entrar de lado
Sem medo
Só com respeito
“Oferendando” direitinho
Pra navegar sem enjoar
Aonde eu chego tenho meu brilho
Gosto de aparecer
Ocultando meu verdadeiro ser
Sou um cara maneiro, gente boa
Mas só sirvo pra mulher à toa
Uma mulher direita não serve pra mim
Nasci canhoto
Ando errado
Nunca entro de frente
Quando entro no mar
Vou de lado
Diminui o impacto da onda
Mas a deusa do mar me acolhe
Tenho respeito a ela
Ela me admira
Ela me conhece
O mar esconde vários mistérios
Os meus mistérios estão no mar
Não sou muito confiável
Às vezes estou meio revolto
Quero todos pra mim
Se der mole
Dorme comigo
Dorme no mar
Morre na areia
O malandro
O bom nadador
Esses são as vitimas mais fáceis
Acham que sabem tudo
Cofiam no mar
Ledo engano
Eu entro de lado
Sigo conselhos de Iemanjá
Sou canhoto errado
Mas tenho meu momento de calmaria
Se me homenageiam
A mim jogam oferendas
Em mim podem navegar
Sem medo
Controlo minhas ondas
Seguro a onda na tempestade
Respeito o meu mar
Respeito minha deusa
Só precisa “oferendar”
Não me vendo barato
Gosto de produto caro
De valor
Seguro a onda
Protejo meu mar
Se “oferendar” errado
Querer navegar pagando barato
Sou mais de tirar onda
E tiro mesmo
Dou caldo
Pego pela cauda
Não tem embarcação certa
Faço piranha virar peixe de mar
Serei água de ressaca constante
Um maremoto pra quem não souber “oferendar”
Causo enjôo
Sou de dar nojo
Sou assim mesmo
Alguns sabem
Mas querem arriscar
E tem que arriscar certo
Porque sou nojento
Escroto mesmo
Tiro onda
Só respeito minha rainha do mar
Agora
Sereia querer bancar deusa comigo
Eu gosto de esculachar
Mostro-me o príncipe-boto
Escondo o meu tubarão
Finjo ser de rio
Que desce com águas diferentes
Sempre no mesmo ritmo
Com raras enchentes
Escondo meu mar
E quando a pororoca aparece
A sereia não sabe aonde nadar
Não volta pro rio
Não sai do meu mar
Sereia que banca deusa perde
Se perde no rio
Não encontra mar
Pipoca na pororoca
Não sai do lugar
Nas minhas águas não entra sereia
Posso deixar dar uma olhada
Mas só trabalho com deusa
Gosto de rainha
Não curto princesa
Princesa se acha rainha
Eu acho princesa um porre
Por isso eu não gosto de intermediário
Eu sou mar
Procuro a mulher na fonte
Não tem ilha certa
Não adianta esconder-se na ponte
Eu acho
O mar cresce a cada dia
Eu sou o mar crescente
Cresço com o mar
Agora, dependendo
Da sua oferenda
E de como você “oferendar”
O dia pode ser calmo ou revolto
Só não reclama se afogar a si
Não me culpe pelas ressacas
O tempo influencia nas atitudes do mar
Mas se “oferendar” direitinho
Nem o tempo vai revoltar
Minha água será sempre calma
Só tem um problema
Tem que ter coragem pra navegar
Entrar de lado
Sem medo
Só com respeito
“Oferendando” direitinho
Pra navegar sem enjoar
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