sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O BEIJO DAS ONDAS NA PEDRA

O BEIJO DAS ONDAS NA PEDRA

Estava a matroca
Perdido nas pedras do Arpex
Procurando encontrar-me no mar
Senti-me um tanto débil
Inerme
Impotente diante do lídimo direito de lutar
No momento em que estava a perlustrar
A infindável briga entre o mar e as pedras
Onde ambos parecem estar osculando-se a todo o momento
Descobri que o meio termo nem sempre é o ponto de equilíbrio
Posso parecer fátuo
Posso ser fátuo
Mas se não estiver no zênite
Prefiro fazer parte do nadir
Não sou um passageiro qualquer
Se o principal papel não for meu
Não sirvo para escada
Sei que os coadjuvantes têm seu valor
Pena que ainda não aprendi a ser preterido
Nesse caso, o melhor é sentar na platéia
Admirar e bater palmas
Ou quem sabe usar minha melhor arma
Que alcança de longe
E camufla uma certa insegurança
Uma atitude de criança
Mas é o meu modo de ser

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