sábado, 12 de abril de 2008

Cigana Vitória


Cabeça pousada no meu pandeiro
A fronte sob os Arcos
Como o ecoar de um surdo triste
Uma lágrima despenca e encontra meus olhos
Uma gota no oceano da minha menina
Em um instante
A saia vermelha me afronta de assalto
Não consigo ver além

O bonde passa
E como a ajudar uma criança
Minha doce cigana tira o lenço da cabeça
Enxuga-me como a acariciar meu mar
À minha menina se revela

Vitória em um sorriso
Que antes escondido
Começa a saia rodar
Rodeia-me como a um rufião
No seu pandeiro a repousar
Que contempla ao lado da diva
Uma vista
Que lembra versos de um capoeira da Lapa
Revelando à cigana-menina toda beleza
“Do céu que a mãe natureza reservou pra este lugar”
E que no jogo, o mundo dá voltas
E mil votas ele dará
Por isso minha cigana
Vamos simbora
Iê!! Simbora Camará

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