terça-feira, 22 de março de 2011

Por onde andas?

Por onde andas tu?
Sumiste sem deixar vestígio
Por que?
Onde andas que procuro dentro e fora
Mas não a acho?
Sumiste sem deixar vestígio
Por que?
De repente aparece assim
De súbito
Tal qual um mal
Que me acomete
e me atira ao solo
Sem aviso
e depois?
Sumiste sem deixar vestígio
Quero que venhas
Rasgue-me no âmago
Descubra-me no meu mais interno pântano
Cubra-me em pranto
Visceral
Quero que seja bem e mal
Mas onde está?
Sumiste sem deixar vestígio
Vem em mim
De vermelho
Puta
Me escuta
Eu calo
Quero sentir arder as entranhas
Sentir-me vivo
Ser meu maior inimigo
Amar até morrer
Mas cadê você
Sumiste sem deixar vestígio
Ah! Paixão!!!
Sei que sou ingrato
Nem sempre bem te trato
Cuspo em você e depois como o prato
Por isso
Sumiste sem deixar vestígio

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