segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

MOMENTO

Olha-me perdida
Querendo encontrar-se em mim
Estendo-lhe a mão
Punho fechado
Esperando a palavra certa para abrir

Vejo medo nos olhos
Vejo-me
Observo o temor de uma criança
Apenas olho
Ceifo a mata virgem
Abro o caminho obscuro
Punho fechado e erguido
Esperando a palavra certa para abrir

O álcool inebria
Não me vejo
Abro o punho no momento errado
A mão fica à deriva
Vazia

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