quarta-feira, 7 de maio de 2008

AUTO-AUTÓPSIA

De repente, você se vê perdido entre incertezas, angústias, temores e amores. A vontade é de sair de mim mesmo, para depois entrar com força e chegar ao fundo de mim, ultrapassando no cerne e estudando minhas entranhas. Como uma faca me estripar, virar-me do avesso, expondo minhas tripas ao relento para que todos vejam a minha dor mais profunda, meus medos mais internos, minha face com cor. O vermelho sendo vomitado em todas as suas nuances, em todas as suas gradações, como uma impressão digital que vai sendo reconstruída, o renascer do meu personagem, sem máscara, capaz de amar, sofrer, trepar e gemer, sem achar o gozo um momento feio, tão íntimo que não pode ser exposto, que seja escondido no banheiro mais sujo, de maneira egoísta, covarde mesmo.

Um comentário:

Erica Guillin disse...

Nossa, passional... Muito passional... hehehehehe Bjinho

Tem gente que gosta!!!