sexta-feira, 16 de maio de 2008

O vício e o antídoto


Uma tremedeira me aflige
A necessidade é cada vez mais eminente
Tento podar-me
Controlar-me
Desviciar-me
Mas o querer é mais forte
O seduzir da menina verde
É como um hipnotismo da serpente
Paralisa o eu presa
Envolve-me com seus braços
Faz-me dependente
Crava seus dentes na jugular
Sem pudor
Beija-me tragando seu próprio veneno
Um antídoto pro seu próprio vício em mim
As bocas se abrem
As línguas se percorrem
Antídoto e veneno na mesma corrente
Sem volta, sem medo
Não quero cura, quero desejo

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