De repente o piso abre sob meus pés
Vejo-me sem chão
A cerâmica quebrada
O cinza da minha alma refletindo no chão sem cobertura
O retrato mais perfeito da pintura
Que o meu momento mais ébrio
Despertou na inspiração
Procuro novos azulejos
Que só poderão ser postos por uma nova artista
Mas acho que os cacos retirados
Retratam o meu momento mais altista
Onde a tecla auxilia a dor
Certeza de que novos escritos virão
Mas olhando embaixo
Vejo poemas de dor
Que suplantam a inspiração primeira
Que um dia uma certa menina-brejeira proporcionou
Olhando o chão
Assumo a minha culpa
Mas se até um assassino merece perdão
Por que não a volta?
Só uma falsa desculpa
Mas espero que um dia
Dela, a segunda chance ninguém tire
E como fez comigo
Jogue fora a chave pra sair
De uma triste prisão
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Tem gente que gosta!!!
-
Quero entrar Olhar de dentro Aqui fora é frio sinto o tormento de tão de perto Não poder...
-
E o samba se mistura Mistura todos Vai a Paris Desce dos morros Vem do nordeste Embolado nos côcos A toada se inverte ao som de novo...
-
Foi na Casa de Iemanjá Que Ogum me avisou Pulou de frente no meu jogo Como Mãe Marilza me falou Pra onde você vai menino Quero ir com você M...
-
Adoro sentar no bar Pedir a loira gelada Jogar papo fora Conversar O flerte é invitável me perco no papo buscando seu olhar A mão escorrega ...
-
Minha gringa é assim Olha-me querendo não olhar Beija-me com medo de beijar Garota faceira Quer ser mulher moderna Mas na minha presença É m...
-
Falar de Mangueira É um eterno cantar Lembrar versos de Nelson Ao som do Cavaquinho De Cartola e Padeirinho De Neuma e Zica Donas do samba...
-
Quando a vejo Olho retratos do que passou São fotos de um bom tempo antigo E a dúvida de paisagens que poderiam surgir Não chega a...
-
Saio da Lapa Campo de Santanna Central Atravesso o túnel Atento No sufoco Sem vento Da rua da Gamboa à Pedro Ernesto Só Endireito No meu dir...
Nenhum comentário:
Postar um comentário