terça-feira, 24 de junho de 2008

Pântano

Pântano

Meu coração sangra e afunda num pântano lacrimejante
Vago pelo meu umbral em vida
De onde
Preso na movediça lama
Vejo a luz da diva esvair cada vez mais longe
Sem poder mexer-me
As mãos atadas por pequenos deslizes
E um grande erro
Vejo–a triste
Vejo-a rindo sarcástica
Minha esperança é não vê-la
Nesse meu lento afundar
Onde a dor remete ao da lâmina de um pequeno punhal
Peço que a imagem suma
Para que eu possa pegar o cipó de uma nova página
E consiga
Tirar um pé após o outro
E novamente caminhar

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