quinta-feira, 10 de julho de 2008

A água lava a menina dos meus olhos
Como a limpar o sangue que transborda pelo meu corpo
Ambos se misturam
Inundam meu chão
A poesia que se desenha
Nas mais variadas formas
Remete à solidão
O ralo entope com o grande volume
Logo ás mágoas me afogarão

Inebriarei-me de cicuta
Esperando na morte
A ressurreição
Quero entrar em mim
Limpar minha casa
Vomitar meu lixo
E esvaziar o coração

No lento penar
A dor pode até dar prazer
Mas a mim só faz angustiar
Minha pena não mais vai escrever
Até que o horizonte mostre um novo mar
Onde eu navegue com tranqüilidade
E que ele também possa me navegar

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