quinta-feira, 10 de julho de 2008

GUERRA

Andamos de mãos dadas
Em meio a tiros e rajadas
Disparadas numa guerra sem trégua
Porque a nossa cumplicidade incomoda

Como veteranos de uma guerra sem fim
Absorvemos as sequelas
Que hoje não deixa
Que a mão dela
Novamente chegue a mim

O cair de uma lata
É como o estouro de uma bomba
Os fogos nos fazem procurar abrigo
Diante do resistente inimigo sombrio

O vício ainda existe
Mas as mãos estão atadas
As muletas até estão ao nosso alcance
Mas a neurose passada
Ainda nos remete à imagem do rifle oponente

Hoje
Chora cada dia meu coração bandido
Com a possibilidade da outrora quiça minha mulher
Me ver como amigo
Não quero as cicatrizes do tempo
As feridas dessa guerra particular
Abertas hão de se curar
As mão
Não sei se se reencontrarão
Mas se aceitarmos os espinhos da nossa flor
Os inimigos terão guerreado em vão

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